O Ministério da Fazenda anunciou no dia 22 de maio de 2025 uma série de atualizações no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), com efeitos imediatos em diversas operações financeiras. Embora parte das medidas tenha sido revisada após repercussão negativa, outras foram confirmadas e já estão em vigor.
Se você faz compras internacionais, envia dinheiro para o exterior, investe fora do país ou utiliza crédito, é essencial entender cada detalhe dessa mudança para não ser pego de surpresa.
https://youtu.be/sy4N2pqW8d0?si=u7JeQp3Pv9CPkRF7
🔍 1. Compras Internacionais, Cartões e Remessas Pessoais
✔️ O que muda?
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A alíquota do IOF foi reduzida de 6,38% para 3,5% nas seguintes operações:
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Compras internacionais feitas com cartão de crédito, débito ou pré-pago.
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Saques em moeda estrangeira no exterior.
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Compra de moeda estrangeira em espécie nas casas de câmbio.
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Remessas internacionais de natureza pessoal (como envio de dinheiro para manutenção de familiares no exterior ou pagamento de serviços pessoais).
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✔️ Por que essa mudança?
O governo buscou alinhar a tributação brasileira às práticas internacionais, tornando-a mais transparente e menos onerosa para o cidadão comum em operações do dia a dia.
✔️ O que permanece igual?
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O IOF não incide sobre transações de compra de passagens aéreas internacionais diretamente com companhias estrangeiras — essa regra já estava em vigor e não sofreu alteração.
🌍 2. Remessas para Investimentos no Exterior
✔️ O que havia sido proposto?
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A proposta inicial era aumentar o IOF de 1,1% para 3,5% nas remessas de pessoas físicas destinadas a aplicações financeiras no exterior, como investimentos em corretoras estrangeiras, compra de ações, ETFs, REITs, criptomoedas fora do país, entre outros.
✔️ Decisão final: recuo confirmado
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Permanece em 1,1%.
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Após forte pressão do mercado financeiro, da indústria de investimentos e de especialistas, o governo reviu essa decisão, entendendo que um aumento poderia prejudicar o processo de internacionalização dos investimentos dos brasileiros.
✔️ Por que isso é importante?
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O Brasil vem incentivando, nos últimos anos, a diversificação internacional dos investidores. A manutenção da alíquota menor preserva esse incentivo.
🏦 3. Aplicações de Fundos Nacionais no Exterior
✔️ O que estava em análise?
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O governo estudava aplicar uma alíquota de 3,5% no IOF sobre a aplicação de fundos brasileiros em ativos no exterior.
✔️ Resultado final: isenção mantida
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Não haverá IOF sobre os aportes que fundos de investimento brasileiros fazem em ativos internacionais. Isso mantém o ambiente competitivo dos fundos multimercado e internacionais operando no Brasil.
✔️ Impacto prático
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Investidores que aplicam em fundos nacionais com exposição ao exterior (como fundos cambiais, fundos de BDRs, multimercados internacionais) não terão aumento de custos fiscais.
🏢 4. Operações de Crédito — Pessoas Jurídicas e Físicas
✔️ O que mudou?
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As operações de crédito passam a ter alíquotas mais altas de IOF, tanto para empresas quanto para pessoas físicas.
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A alíquota máxima, que era 1,88%, foi elevada para até 3,95% nas seguintes situações:
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Crédito de curto prazo (empréstimos, financiamentos e antecipações).
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Capital de giro para empresas.
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Operações de crédito rotativo.
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Antecipação de recebíveis e outras linhas de financiamento bancário.
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✔️ Detalhes técnicos
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Além da alíquota fixa, continua incidindo o IOF diário, que atualmente é de 0,0082% ao dia (não alterado).
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O aumento da alíquota fixa impacta diretamente no custo efetivo total (CET) das operações.
✔️ Quem mais sente o impacto?
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Micro, pequenas e médias empresas que dependem de crédito rotativo, antecipação de recebíveis ou capital de giro.
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Pessoas físicas que utilizam cheque especial ou crédito pessoal emergencial.
🛡️ 5. Previdência Privada (VGBL)
https://chatdemoney.com.br/por-que-ninguem-ensina-educacao-financeira/
✔️ Mudança específica
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Aportes mensais superiores a R$ 50 mil em planos VGBL passam a ser tributados em 5% de IOF sobre o valor aportado.
✔️ Quem é afetado?
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Investidores de alto patrimônio que utilizam o VGBL não apenas como previdência, mas também como instrumento de planejamento sucessório ou reserva de liquidez.
✔️ Objetivo da medida
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Segundo o Ministério da Fazenda, o objetivo é coibir o uso do VGBL como veículo de movimentação financeira com benefícios fiscais indevidos, mantendo o foco do produto na previdência de longo prazo.
⚙️ Por que essas mudanças aconteceram?
Segundo o Ministério da Fazenda, o pacote de ajustes no IOF faz parte de um esforço para:
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Aumentar a arrecadação em até R$ 20,5 bilhões em 2025, ajudando no equilíbrio fiscal.
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Corrigir distorções na tributação, harmonizando alíquotas e modernizando o sistema.
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Manter compromissos com metas fiscais sem depender exclusivamente de cortes orçamentários.
O ministro Fernando Haddad ressaltou que a revisão de parte das medidas demonstra que o governo está aberto ao diálogo com o mercado e busca uma transição fiscal responsável, sem sufocar setores estratégicos da economia.
🚀 O Que Fazer Diante Dessa Nova Realidade?
👉 Se você faz compras no exterior:
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Aproveite a redução da alíquota, mas continue atento às flutuações cambiais e às taxas das operadoras de cartão.
👉 Se envia dinheiro para investir fora:
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Boa notícia! A alíquota de 1,1% foi mantida, garantindo competitividade para seus investimentos internacionais.
👉 Se possui empresa e busca crédito:
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Planeje bem suas operações financeiras, renegocie prazos e avalie alternativas como cooperativas de crédito ou financiamento privado.
👉 Se investe pesado em previdência privada:
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Avalie se os aportes acima de R$ 50 mil continuam sendo vantajosos, considerando a nova tributação.
📢 Conclusão
As mudanças no IOF trazem ajustes importantes na forma como lidamos com nosso dinheiro — tanto no mercado nacional quanto internacional. Estar informado não é mais uma opção, é uma obrigação para quem quer proteger e multiplicar seu patrimônio.
Aqui no blog, seguimos atentos às atualizações econômicas para te manter sempre um passo à frente. Fique ligado, porque entender de dinheiro hoje é mais do que inteligência — é sobrevivência financeira.
